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MANIFESTO

Ninguém consegue desenhar um círculo.

É ele que se manifesta.

O dia, só começa, quando um poderoso círculo se ergue no céu para mostrar o seu poder.
 
Porque ele liberta ao limitar.
 
A noite só é fascinante porque, um delicado círculo, branco em sua pureza, surge para seduzir o universo.
 
Um sábio disse uma vez que tudo cabe num círculo.
 
Deve ser porque o círculo é pai e mãe. Família e amigos. Abraços e desejos.
 
Futuro e passado. Amor e sexo.
 
O primeiro círculo desenhado por um homem representou o amor e o medo, o dentro e o fora.
 
Porque tudo o que ele estava tentando manifestar era um grande abraço.
 
Medida áurea, balança de tudo o que existe, o círculo sorri para as retas finitas.
 
Se comove com o calor dos ângulos. Tenta insuflar os pobres quadrados, losangos e trapézios para que eles vejam que nasceram círculos.
 
Entre todas as formas é o círculo que tem vida. E ela a divide generosamente com tudo o que toca.
 
Basta dar um círculo na mão de uma criança para ver a felicidade acontecer.
 
Afinal, mesmo a mais arrogante esfera nada mais é que um coletivo de humildes círculos.
 
Muitos estudos duvidam da existência material do círculo, colocando cada raio dele como a lenda do infinito renascimento. Mas eu desconfio que eles estão errados.
 
Devem faltar alguns círculos em seus corações.
 
Simbolizando o nada no zero, o círculo se mostra místico ao fazer caberem yin e yang se amarem.
 
Mesmo agora, acabando o pensamento, no círculo ele nasce de novo.
 
Afinal, Fibonacci viu. Mas seremos nós que vamos apresentar o círculo ao mundo.

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